domingo, 13 de dezembro de 2009

Eu não sei dar tchau

Odeio dizer tchau. Tá, não odeeeeeio odeio, mas não gosto.
Tem situações em que um tchau salva tua noite. Tem situaçoes em que um tchau...acaba com a tua noite.
Um tchau acabou com o meu sábado, conhecido também como ontem, 12 de dezembro.
Não foi um tchau, foi a falta de tchau. Porque como eu disse, eu não gosto de dar tchau.
Tudo bem, isso aqui tá meio confuso, então, vou explicar.
Meu querido Rafa, se mudou. parece bobo, dito assim, mas ele se mudou pra longe.
Na noite de sexta, eu estava muito preparada pra acordar cedo no sábado, pegar o ônibus na esquina da minha casa, e ir até o aeroporto dizer tchau.
A noite foi passando e o tchau foi tomando conta dos meus pensamento.
O Rafa é especial pra mim, sei lá porque.
Não eramos amigos do tipo que se vêem todos os dias, na verdade nos viamos bem pouco. Muito, muito pouco.
Eu nunca fui na casa dele, ele nunca foi na minha casa, nunca nos encontramos numa terça-feira, final da tarde, pra tomar chimarrão na Redenção. Nunca fomos ao cinema, e isso faz eu me lembrar que também não fui na formatura dele.
A gente realmente se via muito pouco.
Fiquei pensando tanto nisso, que me calei. O que é bem difícil acontecer, eu sempre falo demais.
O rafa me ouviu lamentar tantas e tantas vezes, e agora, eu estava calada.
Então...pensei em todas as coisas que a gente não fez, e isso me calou. Pensei em como ele era importante, mesmo com essa amizade assim, se vendo quase nunca.
Pensei na saudade que eu vou sentir, e continuei calada.
Aí, olhei pra rua e já era de manhã. Tomei um banho e fui me arrumar pra ir até o aeroporto dizer tchau.
Foi aí que eu sentei na cama e percebi que ainda estava calada. Eu queria falar, mas não saía nenhuma palavra de dentro de mim. 
Definitivamente, eu não tinha como dizer tchau pro Rafa. E não disse.

domingo, 29 de novembro de 2009

Muita saúde.

A menina com ar de saúde correu na minha frente e agarrou a única esperança que eu tinha de ter saúde também.
Eu demoro demais pra pensar, agir, viver...e quando eu me dou conta, fica parada com cara de Dona Morte.
Logo todos vão ficar coradinhos coradinhos, saudáveis e apaixonados.
E eu, cada vez mais pálida.
Dane-se, eu ainda posso usar um blush.

sábado, 28 de novembro de 2009

Quem é esse rapaz que tanto androginiza, que tudo anarquiza pra dissocializar?


Chicas

Curtas

Tudo se misturou. Tanta coisa boa e nova dentro de mim, misturada a tanta ferida antiga, dessas que quando tu percebe que começou a cicatrizar tira a casquinha pra ver se sangra outra vez.
Será que todo mundo faz isso?? Porque eu faço.






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Ela disse que sentia saudades de mim, e eu disse o mesmo a ela. Ninguém mentiu. Mas minha saudade é o tempo todo, como alguém que perdeu uma perna e tenta se acostumar com a prótese. Mas eu não tenho prótese.







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terça-feira, 3 de novembro de 2009



Alma? Alma é quebra-cabeça de muitas peças Por isso que a gente passa a vida toda se sentindo incompleto, até achar alguém com alguma pecinha que se encaixe na tua.



Por Pablita Spielmann

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pra me encher de coragem, pra esquecer das ausências, e pra minha menina.



"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como 'estou contente outra vez'. Ou simplesmente 'continuo', porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como 'sempre' ou 'nunca'. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como 'não resistirei' por outras mais mansas, como 'sei que vai passar'. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.


Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de 'uma ausência'. E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.

Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.

Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.

Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:

- ... mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca ... "
 
 
 
 
Caio F.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pra tudo o mais dentro de mim

(...)Soluçao é a solidão de nós

Deixa eu me livrar das minhas marcas
Deixa eu me lembrar de criar asas
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que nesse verão eu faço sol


Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu o melhor
A conta da saudade quem é que paga
Já que estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena nao ter pressa pra passar


Fernando Anitelli

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

As vezes eu sinto que não dá mais pra mim. Não sou tão forte, não sou tão grande.
Eu tenho tão pouca  idade e não tenho mais força pra revidar os socos que tenho levado.
Saudade bate tanto que dói, Tristeza bate tanto até que eu fique roxa.
Acho que tem uma hora que a gente fica anestesiado.
Podem me partir em mil pedaços que não vai mais sangrar.
Até lá, eu peço um pouco mais de esperança em mim.


Por Pablita Spielmann

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"Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir.
(...) Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém.
Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor."

C.F.Abreu

sábado, 17 de outubro de 2009

Tô com saudades da Dé.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Minha pele é tua.
Faz dela tua tela, desenha livremente em mim.
E nos teus traços, ficam eterno nossos momentos.
Desenha em mim uma imagem de partida, pra que eu te leve sempre nos caminhos que vou trilhar.
Talvez um dia eu precise dos teus retoques.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Cazuza nunca foi tão expressivo pra mim quanto hoje.
Mentiras sinceras realmente me interessam.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Menina flor


Era um vilarejo triste, isolado, de clima muito seco e de gente sem esperança.
O Sol castigava a terra, os bichos, as pessoas... água do céu não caía há tempos. Lá as flores murchavam, as folhas secavam, as árvores morriam.
Menos uma árvore que ostentava bem no topo, uma única fruta.

Quando tudo parecia perdido (e estava), dessa fruta caiu uma semente no solo seco, que como milagre, sugou a semente pra dentro de si. Era uma semente de Esperança.
Essa semente se envolveu na terra, que tornava-se fértil a cada segundo.
O Sol logo quis ver o que acontecia cá embaixo, e chamou algumas nuvens, que de tão emocionadas com aquela terra tornando-se fértil e abrigando a semente, derramaram lágrimas sobre o solo. Era uma chuva de alegria.

Assim brotou Cecília.

Os dias se passavam e aquela plantinha pequeninha, delicada, ia tomando forma, tomando cor. Até que, de tanto crescer entre as flores, Cecília fez-se flor.

Todas as pessoas daquele vilarejo passaram a visitar a florzinha dia após dia. Regavam, contavam-lhe histórias, protegiam do vento.
E assim, Cecília trouxe de volta a paz e a esperança de dias melhores que faltava naquele vilarejo e dentro de muita gente.
Por Pablita Spielmann
imagem: André Neves

quinta-feira, 1 de outubro de 2009
















"Primavera soprando prum caminho mais feliz...mais feliz"
Los Hermanos











Eu tenho achado muita graça. Em tudo.
Deve ser o efeito da primavera entrando nos meus pulmões.
Deve ser efeito das flores colorindo o chão, das borboletas que dançam no vento e aqui dentro.
Deve ser efeito da esperança novinha em folha, dos morangos nascendo debaixo da minha janela. Deve ser efeito da Cecília crescendo dentro da barriga da mãe dela.
Deve ser efeito do abraço dela, do beijo dele.
Deve ser efeito da música rara, das cores no meu quarto.
Deve ser. Deve ser.

Por Pablita Spielmann

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eu sempre achei que arte não tem dono. Sempre mesmo. Mas tem gente usando escritos meus achando que é Caio F.
Fiquei feliz, porque o Caio pra mim é o auge das coisas mais belas escritas.
Mas, mas... é estranho.

Um super elogio pra mim.
mas...que é estranho,é!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O vento



"Posso ouvir o vento passar
Assistir à onda bater
Mas o estrago que faz
A vida é curta pra ver......"
O Vento - Los Hermanos





Começou como uma brisa gostosa de sentir, a menina se sentia tão livre, tão solta, tão flutuante. Logo a brisa foi ganhando força e no final era um vento tão forte, tão forte, que a menina se deixou levar. Voou tão alto que foi parar acima das nuvens, onde ninguém a enxergava.
De lá ela podia ver alguns pontinhos que, pensava ela, podiam ser as pessoas que estavam presas ao chão...pessoas que estiveram ao lado dela.
Do alto também pode entender que as pessoas presas ao chão, talvez estiveram ao seu lado pura e simplismente por não ter pra onde ir.
As nuvens eram tão altas, e a menina estava tão longe das pessoas, que por muitas vezes pensou em pular de volta ao mundo da gravidade. Desistiu.
Lá do alto, ela enxergava tudo, se encontrava, lá do alto ela estava perto do seu irmão.
Lá do alto não tinha nenhum perigo porque se ela caísse, teria as nuvens aos seus pés.
Assim ela ficou vendo o mundo de cima, e pedindo todos os dias:
"que aquela brisa gostosa não me leve embora daqui."
Por Pablita Spielmann

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Esperando o pôr-do-sol


E mais uma vez, me sento pra observar o sol ir embora. Sempre penso em ti. Quandoo sol começar a se esconder na água, ele vai começar a aparecer pra ti, ou pra alguém que esteja acordado/acordando.
Penso em tudo o que tu está fazendo, se esta indo pra casa bêbado, chapado, eufórico ou deprimido. Se está acordando pra ir trabalhar, ou procurar emprego. Se continua dormindo e dormindo e dormindo.
É meio louco isso, mas sei que sol nos conecta de alguma forma. Por que com a gente é sempre ao contrário, né? Quando o sol se põe pra mim, ele nasce pra ti...quando se põe pra ti, nasce pra mim.
É triste e é assim tão bonito. Saber que por mais que estejamos juntos, nossos olhos nunca veem a mesma cena. Que quando eu sinto frio, tu está se aquecendo. Que enquanto eu sonho, tu vive.
A gente só tem metade do planeta nos separando.
Por Pablita Spielmann

terça-feira, 25 de agosto de 2009

das (in)certezas

Hoje eu te quero.
Sinceramente, inconsequentemente, inteiramente.
Amanhã já não sei.
Ontem eu não estava enlouquecida pelo teu calor, nem desejava teu toque, nem me derretia pensando nos teus beijos.
Hoje sim, hoje eu estou apaixonada, mas amanhã posso não estar mais.
Eu não tenho nada a esperar de ti, de mim, de nós.
Não se sobra tempo pra esperas, não sobra tempo pra futuro.
O que a gente tem é agora, sem antes, sem depois.
Minha sede de ti é urgente e grita alto. Quero matá-la antes que eu fique surda, ou beba água de outra fonte.

Por Pablita Spielmann
Pra ele, que por 3 horas se fez alma-gêmea.
Pra ele, que por 18 horas se fez desejo.
Pra ele, que por 36 horas se fez amor.




Poema sem inspiração

Tu.
Meu erro em tela
Meu acerto em linhas tortas.

Tu.
Meu canto
Meu grito
A rouquidão
Meu silêncio

Tu.
Meu riso
Seriedade
A água e o sal

Tu.
O sono
Sonho
Pesadelo
As escuras noites em claro.

Tu.
A canção da boca pra fora
A música ao pé do ouvido.

Tu.
As ruas, as luas e os bares.

Tu.
Os escritos, as letras e o ponto final.

Tu.
Meu verso, minha rima, minha prosa.

Meu confuso e único poema.
Tu.



Por Pablita Spielmann

domingo, 16 de agosto de 2009



Ah, que desgosto.
Não gosto do gosto desse Agosto que veio à contragosto.
Por Pablita Spielmann


A moça

"Repito sempre: sossega, sossega que o amor não é pro teu bico."
Caio Fernando Abreu


Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode praver, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça...ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário...por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.

Por Pablita Spielmann

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Carta ao meu afilhad@


Oi criança.

Eu ainda to muito assustada com o fato de tu existir, sabia? Eu tenho um milhão de dúvidas na minha cabeça e nem sei pegar um bebê no colo muito bem. Mas ao mesmo tempo, todas as minhas dúvidas e medos e essas coisas se tranformam num sorriso e numa cara de boba, e fico horas falando em ti.

Sabe, teus pais são tão novos e tão cheios de medo, eu acho que tu tens que ter paciencia com eles, porque logo quando tu saires dessa caixinha confortável que é a barriga da tua mãe, eles vão estar atrapalhados. Tenta não rir das caras de assustados que eles vão te olhar quando tu chorar, porque mesmo sem saber direito o que fazer, eles vão fazer da melhor maneira possível.

Tem um monte de coisas acontecendo aqui fora. O Michael Jackson morreu, a governadora está sendo investigada em uma CPI, o Sarney...ah, não quero falar sobre o Sarney, o Inter é 'campeão de tudo' mas o Grêmio que ganhou o último GRE-NAL. Teu pai está se preparando pra ser Mestre, tua mãe está estudando pra ser professora de Geografia, teu dindo é jornalista e eu, tua dinda, também vou ser professora um dia, e de História. Isso não dá muito dinheiro.

Mas dinheiro não é o mais importante na vida, nunca deixe que te digam o contrário, tá?

Faz uns dias, eu fui na casa da tua vó Eva (porque tua mãe ainda mora lá enquanto tu estás na barriga) pra ver uma foto que tiraram de ti. Eu vi teu narizinho, teu olho (tu vai ter dois, mas eu só vi um porque a foto era de perfil) tua cabeça, boca e tua mãozinha, com cinco dedinhos. E te achei lindo!

Ainda não sei se tu vai ser menino ou menina. E não preciso saber disso pra gostar mais de ti. Tu já é o pequeno grande amor da minha vida.

Eu não disse isso pros teus pais, nem sei se consigo dizer, mas vou contar pra ti: eu sou eternamente grata por eles terem te confiado à mim pra ser tua madrinha, porque tu é o maior presente que eu vou ter na vida, e vou estar ao teu lado pra sempre, sempre mesmo. E se tu não gostar de mim, eu vou estar ao teu lado do mesmo jeito.

Eu perdi pessoas muito importantes na minha vida, e eu sofri e fiquei muito triste. Mas só em pensar que logo logo tu vai estar do lado de fora, sorrindo, chorando, falando, crescendo...isso me dá muita alegria, esperança e vontade de viver feliz, pra te acompanhar sendo feliz.

Bom, eu vou parar de escrever porque são muitas linhas pra um bebê ler.

E mesmo sem te ver do lado de fora, eu te amo muito. E isso só vai aumentar.

To te esperando.



domingo, 9 de agosto de 2009

Identifica-te

Voltei.
Depois de muito tempo, voltei.
Eu andava feliz, bem feliz, vomitando felicidade por aí.
Abandonei meus escritos quando achei um amor.
E eu estava errada. Tanto em abandonar os escritos quanto em encontrar um amor.
Nesse tempo em que eu encontrei - ou fui encontrada - eu andei bem nas nuvens. Mergulhei, respirei, me alimentei desse amor tão intenso e esqueci das pequenas coisas boas que tem na solidão.
Ser só e se conhecer. E eu já não me reconhecia.
Agora, não me permito mais esquecer quem eu sou.
E estou farta dessa gente que te tira da solidão mas não fica contigo de verdade, de corpo, alma, mente, palavra e sentimento.
Quero companheirismo e verdade.